Bateria Freedom F-4100 de 240Ah

9 de Novembro de 2020 - Tempo de leitura: 4 minutos

Relato pessoal de Baderna James: Na oficina mecânica da família Lisboa em Cachoeira do Sul, minha tia, meu tio e a rapaziada que trabalhava lá ficavam furiosos quando alguém largava uma bateria no chão. Era uma mecânica, não faziam a parte elétrica, mas tomavam esse cuidado que eu nunca havia entendido o direito porque. A justificativa é que a diferença de temperatura do piso ou do chão, afetará significativamente a temperatura de funcionamento da bateria e o processo de sulfatação das placas. Algumas pessoas consideram besteira, outras não. No caso do nosso sistema, prefiro confiar na sabedoria do meu finado tio. Porém, ainda não consegui montar um suporte digno para ela, ainda.

Durante todo o período que estivemos no apartamento, a única placa fotovoltaica que tínhamos ficava pendurada na parte interna de uma janela, com cerca de 75º de inclinação, virada para fachada Sul e numa área de sombra. Toda a literatura sobre energia solar não recomenda esse tipo de instalação. Aqui na região do Paraná que estamos, a recomendação é 21º voltada para o Norte e fora de qualquer área de sombra.

Essa instalação incorreta impediu que a bateria recebesse energia suficiente para dar carga para o carregamento adequado ou permitir que o equipamento funcionasse na tensão de flutuação (13.7v), muito menos, que fosse gerada uma tensão de equalização da bateria. Os equipamentos funcionavam apenas ali com aquela pequena tensão e corrente que vinha da placa, em torno de 12v, quando o recomendado seria receber uma tensão entre 15v e 18v para o controlador fazer a sua mágica.

Também tivemos outro problema no transporte durante a mudança, o que acabou acarretando o mal funcionamento da bateria. Nós fizemos todas as ligações no sistema, instalamos a placa na posição recomendada e começou a sair um cheiro muito forte da bateria. Pesquisando na internet, fóruns, grupos e youtube, considerei repor a água da bateria. O cheiro forte persistiu e agora adicionando um som estranho como se algo estivesse fervendo e os vasos da bateria estavam borbulhando.

Voltei novamente aos fóruns e descobri que infelizmente, por descuido meu, por desconhecimento e imprudência no transporte, eu estraguei a bateria. A solução encontrada foi vender a bateria de 150Ah, mais a bateria de 45Ah que eu já tinha para o reciclador e utilizar o valor para tentar abater nos custos de uma bateria nova. Confesso à vocês que foi muito, mas muito frustrante esse processo e que gerou um custo alto e inesperado. Uma dica importante é ler o manual da bateria que você está comprando, mas isso será abortando em outro texto.

Mas porque uma bateria estacionária e não uma bateria automotiva?

De fato, poderia ter colocado uma bateria automotiva nova no sistema, ou mesmo duas. Mas além de toda a situação emocional envolvida, também pudemos aproveitar uma promoção do distribuidor local e optamos por essa bateria vermelha.

A Freedom F-4100 ainda não está com o suporte para não deixá-la encostada no chão, mas pela honra e memória do querido Tio Caninha, ficará acondicionada corretamente na maior brevidade possível.

Na imagem, uma bateria de cor vermelho intenso, com uma alça de transporte bem resiste, o que indica ser um equipamento grande e pesado, com dois cabos (condutores elétricos), sendo um vermelho e outro preto, ligados respectivamente ao polo positivo e ao negativo da bateria utilizando conectores de pressão.


Neste momento, a Editora Monstro dos Mares está funcionando com energia solar em 100% da sua necessidade energética — computadores, impressora, periféricos e iluminação. Neste blog compartilhamos nossos acertos, erros, referências e ideias para o nosso sistema de energia fotovoltaica off-grid como uma alternativa à precarização das relações econômicas e de dependência direta das estruturas do grande capital. Podendo ser a energia solar uma opção viável para ampliar a autonomia de pessoas e comunidades. Saiba mais